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NO ROSSIO, EM LISBOA 7 DE MARÇO - 15 horas CONCENTRAÇÃO/ESPECTÁCULO Isabel Silvestre Navegante Bailia |
8
DE MARÇO |
Evocar o 8 de Março é fazer o balanço duma luta de muitos anos pela igualdade de direitos e de oportunidades entre mulheres e homens. Tal como há mais de um século, o 8 de Março é, ainda, hoje acção e luta combativa em defesa de direitos basilares, como o são: o direito a salários dignos; à redução dos horários; a melhores condições de vida e de trabalho. Por isso, há muito que aquela data (desde 1911, consagrada como DIA INTERNACIONAL DA MULHER) é por nós assinalada, e a sua evocação transformada em acções e manifestações diversas, ligadas à batalha pela igualdade entre os sexos na vida económica, sócio-laboral, cultural ou política. É uma batalha que comporta objectivos mais amplos, onde a defesa e a efectivação dos direitos ou a exigência de mais justiça social, solidariedade, participação e democracia assumem expressão renovada, reafirmando os ideais e a validade do projecto transformador de Abril. É uma batalha actual e inadiável, no quadro de uma forte ofensiva contra os direitos mais globais das trabalhadoras e dos trabalhadores portugueses, consubstanciada no designado "pacote laboral". Duração das férias dependente da assiduidade; trabalho a tempo parcial com salário parcial como regra; alteração do conceito de retribuição com efeitos negativos nos salários e nos direitos, são objectivos contidos nalgumas das peças mais gravosas do "pacote laboral", visando a precarização e a desregulamentação das relações laborais. Essas propostas teriam graves consequências para as mulheres trabalhadoras •no acesso ao emprego e à progressão na carreira; •nos salários e na sua independência económica; •na efectivação dos direitos ligados à maternidade/paternidade; •na partilha mais equilibrada das responsabilidades familiares É por tudo isto que, este ano, nas comemorações do DIA INTERNACIONAL DA MULHER, vamos demonstrar – nos locais de trabalho, nos debates programados, nos contactos com instituições ou entidades diversas e na rua – que o caminho potenciador da IGUALDADE é outro. Ele passa por: •valorizar a dimensão humana do trabalho, os direitos e a importância do papel e do contributo das mulheres em todas as esferas da vida nacional; •adoptar políticas eficazes e articuladas que dêem concretização ao princípio da igualdade de oportunidades; •fazer cumprir as normas legais e contratuais em vigor relativas à maternidade/paternidade e punir os que discriminam as mulheres no emprego em razão da maternidade; •promover uma efectiva conciliação entre a vida profissional e familiar, com redução dos horários de trabalho (sem redução dos salários) e incentivar a criação de estruturas sociais de apoio às crianças e aos idosos. INFORMA-TE DOS DIREITOS QUE SÃO TEUS ! SINDICALIZA-TE ! PARTICIPA ! |