Na reunião de ontem, para negociação da revisão salarial nas empresas do Grupo EDP, os representantes patronais acrescentaram uma, duas ou três décimas à vergonhosa proposta de aumentos zero, o que foi terminantemente recusado pela Fiequimetal e os seus sindicatos.
A comissão negociadora sindical liderada pela federação exigiu à empresa uma proposta decente para negociar, reiterando que não aceita valores irrisórios e defendendo que todos os trabalhadores devem ter aumento salarial.
A administração veio propor mais 0,3 por cento (entre 3,00 e 3,70 euros mensais) para os níveis salariais mais baixos.
Nas BR (bases remuneratórias) 8 a 14 e Letras A2 a C, propôs mais 0,2 por cento (de 2,60 a 3,95 euros); nas BR 15 a 21 e Letras D a I, mais 0,1 por cento (entre 2,10 e 2,80 euros).
Para os níveis salariais mais elevados (acima da BR 22 e da Letra J), a administração mantém a recusa de actualização salarial.
Mesmo a gozar
A parte patronal não apresentou nesta reunião qualquer proposta de negociação sobre outras matérias, parecendo que quer recuar nesta abordagem.
Para a Fiequimetal, com esta posição a administração do Grupo EDP está a gozar com os seus trabalhadores.
A federação reafirma ser urgente que a administração apresente uma verdadeira valorização dos que diariamente mantêm o serviço da EDP e criam a mais-valia, que são os milhões de euros de lucros realizados e alegremente distribuídos aos accionistas e administradores.
Apela-se a que os trabalhadores estejam atentos e se unam na defesa dos seus direitos, prontos para lutar pelos seus salários.